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Agência EFE S/A.

O alemão Harald zur Hausen e os franceses Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier são os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina 2008 por seus estudos sobre os vírus causadores do câncer de colo do útero e sobre a aids, respectivamente, informou nesta segunda-feira o Instituto Karolinska, em Estocolmo.
Zur Hausen foi o primeiro cientista a estabelecer que existia uma relação direta entre o vírus do papiloma e o câncer de colo do útero, uma descoberta que naquele momento transgrediu todos os dogmas, mas que foi de grande importância no desenvolvimento da vacina contra este vírus.

Os dois cientistas franceses descobriram o vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da aids. Zur Hausen, que nasceu em 1936, em Gelsenkirchen, estudou em Hamburgo, Bonn e Düsseldorf, onde obteve o doutorado em 1960.
Trabalhou na Universidade da Filadélfia e da Pensilvânia, assim como em universidades da Alemanha, onde presidiu o Instituto Alemão de Pesquisas sobre o Câncer (DKFZ) Barré-Sinoussi nasceu em 1947 na França e obteve o doutorado em Virologia. Desde os anos 70 trabalha no Instituto Pasteur de Paris e se especializou em regulação de infecções virais.

Montaigner, também nascido na França, em 1932, é professor de Virologia na Universidade de Paris e membro da Fundação Mundial para a Pesquisa e Prevenção da aids.

Em 2007, o prêmio foi para os geneticistas Mario Capecchi, Oliver Smithies e Martin J. Evans, devido a suas descobertas relacionadas às células-tronco embrionárias e à recombinação do DNA em mamíferos.

O anúncio do Nobel de Medicina abre a rodada de concessão dos prêmios, já que depois virão o de Física, de Química, de Literatura e da Paz, entre amanhã e sexta-feira, fechando com o de Economia, na próxima semana.

Todos os prêmios são divulgados e entregues em Estocolmo, com exceção do Nobel da Paz, cujo anúncio e cerimônia acontecem em Oslo. O prêmio de Medicina oferece 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,35 milhão) e, como os outros prêmios Nobel, é entregue em 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel.

 

Helen Briggs - Boston
BBC Brasil

Fonte:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2439649-EI8148,00.html

Cientistas não estão mais perto de desenvolver uma vacina efetiva contra o vírus HIV, depois de mais de 20 anos de pesquisas, disse o biólogo americano David Baltimore, que recebeu o prêmio Nobel de medicina em 1975. Baltimore, que também é presidente da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla e inglês), acredita que a batalha é importante demais para ser abandonada, apesar de alguns especialistas dizerem que a vacina nunca será encontrada. "Este é um grande desafio porque, para controlar o HIV imunologicamente, a comunidade científica tem que vencer a natureza, fazer algo que a natureza, com sua vantagem de quatro bilhões de anos de evolução, não conseguiu", disse ele. "Nossa falta de sucesso pode ser compreensível, mas não aceitável", diz ele.

Falando na reunião anual da AAAS em Boston, o biólogo disse que o HIV evoluiu de modo a se proteger do sistema imunológico humano. "Acredito que o HIV encontrou maneiras de ¿enganar¿ totalmente o sistema imunológico", disse ele. "Então, temos que ser melhores do que a natureza".

"Uma chance"

Tentativas de controlar o vírus usando anticorpos ou fortacelendo o sistema imunológico terminaram em fracasso. Isso tem deixado os cientistas como poucas esperança de sucesso, disse Baltimore, durante seu discurso na conferência.

Cientistas agora tentam uma solução a partir de novas técnicas, como terapia genética e com células-tronco, apesar de ainda estarem engatinhando nessas áreas. "Nos seres humanos, você realmente só tem uma chance, que é tentar mudar os genes em células-tronco", disse Baltimore, que também é um dos maiores especialistas mundiais no HIV.

"Então estamos tentando fazer isso, criar vetores que possam transportar genes que trariam vantagens terapêuticas" Baltimore recebeu o Nobel de medicina em 1975 pela co-descoberta da transcriptase reversa, uma enzima que, mais tarde se descobriu, é usada pelo HIV para se replicar em células humanas.

Ele agora lidera o laboratório Baltimore, no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), com apoio da Fundação Gates, onde procura meios de fortalecer o sistema imunológico contra agentes infecciosos, particularmente o HIV.

 

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