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Procedimento só não mostrou resultados contra a sífilis, diz estudo.
Redução do risco ficou em 50%, 28% e 35%, respectivamente.

Esse é resultado de um estudo publicado nesta quinta (26) na revista "The New England Journal of Medicine". Um resultado preliminar do estudo já havia comprovado, em 2006 a redução do risco de contaminação pelo HIV em 50% a 60% no grupo submetido ao procedimento.

O trabalho é conduzido em Ruanda, por uma equipe da Universidade Johns Hopkins, nessa que é uma das áreas africanas mais duramente atingidas pela Aids. Nessa etapa da pesquisa os cientistas queriam avaliar o impacto da circuncisão sobre a sífilis, a herpes genital e o HPV, doenças sexualmente transmissíveis, comuns em todo o mundo.

Foram mais de 5 mil voluntários, todos sorologicamente negativos para as doenças, com idades entre 15 e 49 anos. Os pacientes eram submetidos a circuncisão imediatamente ou dois anos mais tarde. O acompanhamento era feito com exames de sangue e consultas pelo menos três vezes durante os dois anos do estudo.

A redução do risco de contaminação pelo vírus da herpes apareceu logo no início do estudo e foi apresentado ao mundo científico em uma conferência no ano passado. A circuncisão masculina reduziu em 28% o risco de contaminação pelo vírus do herpes genital no grupo de participantes operado. De forma semelhante, o risco de serem contaminados pelo vírus do HPV foi reduzido em 35% no grupo tratado. Apenas com relação à contaminação pela sífilis a circuncisão não foi eficiente, não apresentando redução do risco de contaminação.

Esse resultado tem implicações não só no campo da saúde masculina mas também traz boas notícias para as mulheres. Intervenções de saúde pública no campo das doenças sexualmente transmissíveis afetam as taxas de transmissão dessas doenças e suas consequências. A diminuição da contaminação masculina pelo HPV pode impactar a ocorrência do câncer de colo de útero, além de proteger o homem de outros tumores malignos que estão ligados à essa infecção.

A Academia Americana de Pediatria informou que vai revisar suas diretrizes visando a inclusão da indicação da circuncisão masculina entre elas.

Por Luis Fernando Correia
Especial para o G1 26/03/09 - 10h41
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1059435-5603,00-CIRCUNCISAO+MASCULINA+PREVINE+INFECCAO+POR+HIV+HERPES+GENITAL+E+HPV.html
Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.

 

Pesquisa dos EUA sugere forma de produzir de forma eficaz a proteína.
Com efeito antiviral, ela poderia ser usada em gel para impedir contágio.

Quem diria que, para combater o vírus da Aids, os cientistas fossem lançar mão do tabaco? Claro que não como fumo -- uso que faz sabidamente terrível mal à saúde e não teria meio de combater o patógeno --, mas como maneira de produzir um microbicida suficientemente agressivo para, na forma de gel, "desarmar" o HIV.

Já se sabe há algum tempo que uma substância batizada de griffithsina (mais conhecida pela sigla GRFT), produzida naturalmente por algas vermelhas, age como um eficiente inibidor contra o vírus da Aids. Em contato com o HIV, ele quase imediatamente desativa a capacidade do vírus de contaminar células humanas. Ele é, portanto, uma substância candidata a compor um gel que, aplicado na mucosa vaginal ou anal, poderia prevenir a infecção.

Ocorre que sua produção atualmente é complicadíssima e cara demais -- muito mais cara do que simplesmente adotar a medida convencional mais barata de prevenção contra o HIV, que é o uso de camisinha.

Foi aí que entrou o grupo de Kenneth Palmer, da Universidade Louisville e da companhia Intrucept Biomedicine LLC, ambas dos Estados Unidos. Eles afirmam que, usando um vírus para alterar geneticamente plantas da espécie Nicotiana Benthamiana (vegetal herbáceo originário da Austrália, rico em nicotina e outros alcalóides), elas passaram a produzir a griffithsina em copiosas quantidades -- mais de 1 grama por quilo de folhas da planta.

Os resultados, publicados com um alerta de potencial conflito de interesses (a Intrucept, de Palmer, comercializa essas plantas ricas em GRFT), estão na edição desta semana da revista científica da Academia Nacional de Ciências dos EUA, a "PNAS".

Se forem confirmados, podem ajudar a criar um gel eficaz para combater a epidemia de HIV, que segue galopante na África e aumenta sua agressividade na Ásia, além de afetar seriamente boa parte do Ocidente industrializado.

"Exigências para microbicidas eficazes anti-HIV incluem potência, atividade de espectro amplo contra as cepas mais proeminentes do vírus, seletividade para alvos celulares hospedeiros e virais, prevenção na transmissão do HIV de célula a célula, estabilidade tanto em trânsito como in vivo, biodisponibilidade em mucosas-alvo nenhuma toxicidadade para as superfícies das mucosas, e finalmente a habilidade de ser produzida em grandes quantidades com custo mínimo", afirmam os cientistas. "Vários microbicidas candidatos já foram apresentados e atingem algumas dessas exigências. Aqui, descrevemos a produção agrária de grande escala, com baixo custo, da proteína antiviral GRPF-P, que mostramos cumprir todos os critérios exigidos."
Os pesquisadores agoram planejam fazer uso da substância obtida com as plantas transgênicas para conduzir os primeiros testes clínicos em humanos.

Salvador Nogueira
Do G1, em São Paulo 31/03/09 - 06h00
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1065090-5603,00-PLANTA+TRANSGENICA+PODE+PRODUZIR+SUBSTANCIA+CONTRA+O+HIV+DIZ+ESTUDO.html

 

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