Estou criando esse tópico para resumir informações sobre o projeto, o que é, quem está por trás e como apoiar.
O Projeto FightAIDS@HOME, é um dos projetos de computação distribuída do World Community Grid.
O WCG, junto com a IBM Corporate, desenvolveram uma infra-estrutura técnica para servir de base de computação distribuída para a investigação científica. O sucesso desses projetos dependem do apoio dos voluntários que contribuem com o tempo não utilizado de seu computador para alcançar os objetivos das pesquisas disponiveis no site do WCG.
Nesse documentário da TV do Reino Unido, temos uma explicação sobre o WCG e como ele funciona, super interessante (em inglês)
Atualmente existe 5 projetos em execução, são eles:
Nutritious Rice for the World (Lançado em 12/05/2008)
Pretende ajudar na compilação computacional de módulos a finds de determinar as melhores opções para maximizar o rendimento e a qualidade do arroz, cereal mais consumido no mundo, com mais nutrientes e resistência a pragas, assim, aumentando a produção, assim combatendo diretamente contra a fome e a desnutrição no mundo.
Help Conquer Cancer (Lançado em 06/11/2007)
Tem como principal objetivo, melhorar os resultados das proteínas cristalograficas de raios X, a fim de aumentar a compreensão do câncer e seu tratamento.
Discovering Dengue Drugs - Together (Lançado em 21/08/2007)
Esse projeto tem como objectivo imediato é a descobrir novas drogas para curar a febre hemorrágica da dengue, hepatite C, encefalite do Nilo Ocidental, e febre amarela; destas doenças resultam de infecção com vírus da família Flaviviridae, dissemidas principalmente pelo Aedes Aegypti.
Human Proteome Folding - Phase 2 (Lançado em 23/06/2006)
Os dois principais objectivos do projecto são: 1) obter uma resolução mais elevada de estruturas de proteínas humanas e de patógenos específicos das proteínas e 2) explorar os limites das estrutura protéica "Rosetta".
FightAIDS@Home (Lançado em 21/11/2005)
É um projecto centrado na computação usando métodos para identificar melhores drogas candidatas que possuem direito e formas químicas a fins de bloquear a protease do HIV. Esta abordagem é chamada de "Estrutura-Baseada Design da Droga", e de acordo com o "National Institute of General Medical Sciences", já teve um efeito dramático sobre a vida das pessoas vivendo com AIDS pelo mundo.
Nessa reportagem de um famoso jornal da TV americana (em inglês) você poderá ter perceber como esses projetos são bem divulgados no exterior, pena que no nosso país isso não é tão "importante" para a mídia... não dá IBOPE...
Um pouco mais detalhado sobre o projeto que apoiamos, o FightAIDS@HOME.
Primeiramente apoiamos o projeto por ser o mais antigo em execução, gostaria de destacar que todos tem seu extremo grau de importância.
O Laboratório do Prof Arthur J. Olson do The Scripps Research Institute (TSRI) está estudando maneiras computacionais para a concepção de novos medicamentos anti-HIV baseado na estrutura molecular. Tem sido demonstrada repetida vezes que a função de uma molécula (uma substância composta por muitos átomos) está relacionado com a sua forma tridimensional. Olson é alvo da protease do HIV ( "pró-tee-ás"), a chave do mecanismo molecular do vírus para bloquear a maturidade do vírus. Estes bloqueadores, conhecido como "inibidores da protease", são, assim, uma forma de evitar o aparecimento dos sintomas da AIDS e prolongar vida. O Laboratório Olson está usando métodos computacionais para identificar novos medicamentos candidatos compatíveis com as características químicas necessárias para bloquear a protease do HIV. Esta abordagem geral é chamada de "Design da Base estrutural da droga" (leia o complemento desse estudo no post nesse mesmo blog - em português - clique aqui), e de acordo com o National Institutes of Health's National Institute of General Medical Sciences, já teve um efeito dramático sobre a vida das pessoas vivendo com a AIDS.
Ainda mais desafiadora, o HIV é um "vírus mutante", então ele está em constante evolução, com novas variantes, algumas das quais são resistentes até mesmo aos atuais medicamentos. Por isso, é vital que os cientistas continuam a sua busca de novos e melhores medicamentos para combater este alvo móvel.
Os cientistas são capazes de determinar as formas experimentais de uma proteína e de uma droga em separadamente, mas nem sempre para ambas. Se cientistas soubessem como uma droga molécula interagisse dentro de sua proteína-alvo, os químicos poderão conceber ainda uma melhor droga, mais potente, do que os medicamentos atuais.
Para enfrentar estes desafios, o projeto FightAIDS@Home do World Community Grid's utiliza um software chamado AutoDock, desenvolvido no laboratório do Prof Olson. AutoDock é uma suíte de ferramentas que prediz como pequenas moléculas, tais como as drogas candidatas, poderão vincular ou "atracar" em um receptor conhecido da estrutura em 3D. A primeira versão do AutoDock foi escrito no Laboratório Olson, em 1990, pelo Dr. David S. Goodsell, desde então, as versões mais recentes, desenvolvida pelo Dr. Garrett M. Morris, foram liberadas, com o acréscimo de novos conhecimentos científicos e as estratégias para AutoDock, computacionalmente tornando mais robusto, mais rápidos e mais fácil de utilizar por outros cientistas. Desde o início deste projeto, o World Community Grid tem sido executando uma versão pré-lançamento do AutoDock4. Em agosto de 2007, World Community Grid começou a executar a nova versão disponível do AutoDock que tornou mais rápido e preciso, podendo manipular as flexíveis moléculas alvo e, portanto, também podendo ser utilizado para a análise de junções protéicas. O AutoDock é usado no projeto FightAIDS@Home para combinar um grande número de pequenas moléculas diferentes da protease do HIV, de modo em que a melhor moléculas possa ser encontrada através de simulações computadorizadas, assim selecionadas e testadas efetivamente nos laboratórios de eficácia contra o vírus HIV. Juntando forças, o conjunto, The Scripps Research Institute, World Community Grid e a sua crescente força de voluntários podemos encontrar melhores tratamentos, muito mais rápidos e eficazes do que nunca.
Como funciona a tecnologia do programa de computação distribuída.
Nunca foi tão fácil fazer a diferença!
A tecnologia de computação distribuída é simples e segura de usar.
Para começar, você baixa e instalar um pequeno programa ou "Agente" em seu computador.
Quando você estiver inativo, o computador irá solicitar dados a partir de um projeto específico no servidor do “World Community Grid”. A partir de então, ele passa a executar cálculos desses dados, e envia os resultados de volta para o servidor, e irá pedir um novo lote de dados para o servidor. Cada cálculo que seu computador faz dá aos cientistas informações críticas que aceleram o ritmo das investigações!
Mas como os computadores podem resolver essas questão ?
Já faz um tempo que existem pessoas (cientistas, empresas..) que dedicam-se a criar programas, algoritmos, métodos para calcular e/ou simular propriedades de elementos químicos e moléculas (energia total, conformações mais estáveis, PH, lipofilicidade, espectros UV, IV, RMN, metabolismo, toxicidade, interações.. bastante coisa), é um ramo da ciência com vários nomes e áreas, como Química Computacional, Biologia Computacional, Biofísica (não ela toda, mas como parte) entre outros.
Um desses métodos chama-se Dinâmica Molecular. (Português)
A Dinâmica Molecular consiste em uma simulação do comportamento de várias moléculas ao longo de um determinado espaço de tempo. Tipicamente, apesar de sistemas químicos serem regidos pela Física Quântica, a dificuldade de cálculo associado leva a aproximar o comportamento das mesmas para o esperado pela Mecânica Clássica ou Newtoniana (de forma mais clara: baseando-se na mecânica clássica, a dificuldade de cálculo cresce com o QUADRADO do número total de ÁTOMOS; baseando-se em mecânica quântica, a complexidade cresce com a QUARTA POTÊNCIA do número total de ELÉTRONS). Dessa forma, tipicamente emprega-se física clássica nessas simulações (excessão destacada bem adiante). Essas metodologias geram uma interface entre resultados obtidos em experimentos de laboratório com as teorias da Física, Química e Físico-Química que possui muitas aplicações no meio científico, basicamente por proporcionar uma visão microscópica dos fenômenos que somente pode ser inferida indiretamente no experimento.
Não seria mais fácil se eles rodassem esses cálculos nos computadores deles ?
Talvez...
Na época que o professor "Vijai S. Pande" teve a idéia de simulação, em 1999, para simular 1 nanosegundo (um bilionésimo de segundo) de dinâmica molecular era necessário 1 dia (acreditem em mim, não é balela, pode levar até mais tempo dependendo das condições), e o desdobramento completo de uma proteína ocorre, aproximadamente, entre 5 e 10 milisegundos. (1 milésimo de segundo), ou seja, levaria entre 5 e 10 mil dias pra terminar um cálculo, de 15 a 30 anos de cálculos ininterruptos.
NOTA: o tempo de cálculo é proporcional ao número de átomos do sistema em uma proporção quadrática. (se dobrar o número de átomos o tempo não será multiplicado por 2, mas sim multiplicado por ele mesmo)
Haja computador...
Então, ponderando isso e também os resultados de outros projetos @Home, como o SETI@home e Genome@home o grupo do professor Pande decidiu criar novos algoritmos para que o desdobramento protéico também fosse feito com a abordagem da computação distribuída, que consiste na distribuição de pequenas simulações para vários computadores ao invés de uma grande simulação feita em um computador só.
Então porquê não usar um supercomputador ao invés de ter que contar com a disponibilidade de muitas pessoas ?
Primeiramente pelo custo, um supercomputador custaria milhões, bilhões de dólares, e o grupo não possui tanto recursos para isso. Além disso nenhuma empresa de alma bondosa quis doar alguns bilhõesinhos para que eles montassem um supercomputador. Além do custo inicial há o consumo elétrico do computador e do sistema de refrigeração.
Segundo, os supercomputadores atuais são projetados para que haja uma intensa troca de dados entre os processadores, e no caso desses projetos, isso não se faz necessário, pois os cálculos são, em sua essência, processamento "bruto".
Terceiro, muitos dos supercomputadores atuais não possuem vantagens (em termos de arquitetura) frente aos computadores domésticos, muitas vezes eles são até mais lentos (e quase sempre mais caros).
Isso porque muitos dos supercomputadores empregam AMD Opterons e Intel Xeons (sem esquecer dos que usam os Power e Cell da IBM, outros usam os UltraSpark da SUN) como processadores centrais, e eles possuem a mesma arquitetura dos AMD Athlon64, AMD Phenom, Intel, Pentium, Core 2 Duo/Quad que são utilizados na maioria dos computadores pessoais mais novos.
Quarto, os computadores pessoais são atualizados bem mais rapidamente que os supercomputadores (é bem mais fácil vender um PC doméstico desatualizado), além do que, a imensa maioria dos computadores, quando ligados, não utilizam totalmente seu potencial pois estão ociosos (navegando na Internet, escrevendo um texto, baixando arquivos ou mesmo não fazendo nada, só está ligado).
Vamos usar como exemplo o maior supercomputador da atualidade, o Ruadrunner:
Encomendado em 2006 pelo departamento de Energia e Segurança Nuclear dos EUA para ser o maior supercomputador do mundo, custou cerca de 100 milhões de dólares e em seu primeiro teste rompeu a barreira do 1 petaFLOPS. (isso tudo para assegurar a segurança e confiabilidade do estoque de armas nucleares dos EUA..)
É composto por: 6562 AMD Opterons Dual Core (13124 núcleos), 12240 IBM Cell (97920 núcleos), 98 Terabytes de memória RAM, é abrigado em 278 racks do tamanho de uma geladeira, ocupa 5200 pés quadrados (aproximadamente 580 metros quadrados), usa 88 Km de cabos de fibra óptica, pesa 22700 Kg e consome 2.35 MW.
Singelo, não ?
Multiplicando-se um pouco podemos ver que para se atingir 1 petaFLOP nós precisaríamos de uns 10 mil Core 2 Quads operando a 3.2 GHz.
Com a divulgação do projeto, inicialmente na revista Science, uma das mais importantes publicações científicas do mundo, e posteriormente com vários laboratórios de pesquisa, sites, empresas, grupos criando times e estimulando seus integrantes, visitantes e funcionários a participarem o projeto alcançou proporções nunca antes vistas, quebrando a barreira dos 209 petaFLOPS, com mais de 1 milhão e 120 mil computadores e 413 mil participantes ativos atualmente.
E este número não para de crescer, pois cada dia mais pessoas se familirizam com o projeto e divulgam para amigos, familiares, em seu ambiente de trabalho, e os números vão crescendo.
É realmente impressionante!
Mas se o projeto já conta com tanta gente participando que diferença eu faço?
Toda !
Quanto mais gente participar, mais doenças podem ser estudadas, os resultados são obtidos mais rapidamente e novas idéias podem ser postas em prática.
Como ajudar nesse projeto?
É bem simples, você precisa ter o programa (cliente) instalado em seu computador e nada mais, o resto ele faz automaticamente.
O cliente instalado em seu computador, quando iniciado, verifica se há alguma Work Unit (WU, unidade de trabalho) que já foi iniciada anteriormente.
Se houver ele verifica se os arquivos estão íntegros e dá continuidade à simulação.
Se não houver nenhuma WU iniciada o "cliente" contacta os servidores do WCG para baixar uma WU, é um arquivo bem pequeno contendo informações sobre o projeto, as coordenadas dos átomos, a identidade de cada um, com quem eles estão ligados, dentre outras informações necessárias para a sua execução.
Cada WU requer um Core (núcleo) específico para realizar a simulação. Assim sendo quanto mais núcleos sua estação tiver, mais processos ela irá trabalhar simultaneamente.
Ao término do processo, ele é compactado e enviado para os servidores, onde serão submetidos à uma rápida verificação de integridade, e automáticamente um novo projeto é baixado, dando seqüência ao trabalho.
Como informado anteriormente, basta instalar o programa e ele fará tudo para você, em muitos casos você nem percebe o seu funcionamento, com isso você terá um total aproveitando do poder de processamento de seu computador, sem interferir em suas atividades diárias...
Simples, fácil, e para alguns inacreditável... mas isso é possível, e nunca foi tão facil ajudar!!!
Faça você também a diferença, entre para o nosso time e apoie essa causa!!!
Coloco-me à disposição para auxílio na instalação e configuração do software cliente e solução de dúvidas, caso ainda existam...
Obrigado!!
O Projeto FightAIDS@HOME, é um dos projetos de computação distribuída do World Community Grid.
O WCG, junto com a IBM Corporate, desenvolveram uma infra-estrutura técnica para servir de base de computação distribuída para a investigação científica. O sucesso desses projetos dependem do apoio dos voluntários que contribuem com o tempo não utilizado de seu computador para alcançar os objetivos das pesquisas disponiveis no site do WCG.
Nesse documentário da TV do Reino Unido, temos uma explicação sobre o WCG e como ele funciona, super interessante (em inglês)
Atualmente existe 5 projetos em execução, são eles:
Nutritious Rice for the World (Lançado em 12/05/2008)
Pretende ajudar na compilação computacional de módulos a finds de determinar as melhores opções para maximizar o rendimento e a qualidade do arroz, cereal mais consumido no mundo, com mais nutrientes e resistência a pragas, assim, aumentando a produção, assim combatendo diretamente contra a fome e a desnutrição no mundo.
Help Conquer Cancer (Lançado em 06/11/2007)
Tem como principal objetivo, melhorar os resultados das proteínas cristalograficas de raios X, a fim de aumentar a compreensão do câncer e seu tratamento.
Discovering Dengue Drugs - Together (Lançado em 21/08/2007)
Esse projeto tem como objectivo imediato é a descobrir novas drogas para curar a febre hemorrágica da dengue, hepatite C, encefalite do Nilo Ocidental, e febre amarela; destas doenças resultam de infecção com vírus da família Flaviviridae, dissemidas principalmente pelo Aedes Aegypti.
Human Proteome Folding - Phase 2 (Lançado em 23/06/2006)
Os dois principais objectivos do projecto são: 1) obter uma resolução mais elevada de estruturas de proteínas humanas e de patógenos específicos das proteínas e 2) explorar os limites das estrutura protéica "Rosetta".
FightAIDS@Home (Lançado em 21/11/2005)
É um projecto centrado na computação usando métodos para identificar melhores drogas candidatas que possuem direito e formas químicas a fins de bloquear a protease do HIV. Esta abordagem é chamada de "Estrutura-Baseada Design da Droga", e de acordo com o "National Institute of General Medical Sciences", já teve um efeito dramático sobre a vida das pessoas vivendo com AIDS pelo mundo.
Nessa reportagem de um famoso jornal da TV americana (em inglês) você poderá ter perceber como esses projetos são bem divulgados no exterior, pena que no nosso país isso não é tão "importante" para a mídia... não dá IBOPE...
Um pouco mais detalhado sobre o projeto que apoiamos, o FightAIDS@HOME.
Primeiramente apoiamos o projeto por ser o mais antigo em execução, gostaria de destacar que todos tem seu extremo grau de importância.
O Laboratório do Prof Arthur J. Olson do The Scripps Research Institute (TSRI) está estudando maneiras computacionais para a concepção de novos medicamentos anti-HIV baseado na estrutura molecular. Tem sido demonstrada repetida vezes que a função de uma molécula (uma substância composta por muitos átomos) está relacionado com a sua forma tridimensional. Olson é alvo da protease do HIV ( "pró-tee-ás"), a chave do mecanismo molecular do vírus para bloquear a maturidade do vírus. Estes bloqueadores, conhecido como "inibidores da protease", são, assim, uma forma de evitar o aparecimento dos sintomas da AIDS e prolongar vida. O Laboratório Olson está usando métodos computacionais para identificar novos medicamentos candidatos compatíveis com as características químicas necessárias para bloquear a protease do HIV. Esta abordagem geral é chamada de "Design da Base estrutural da droga" (leia o complemento desse estudo no post nesse mesmo blog - em português - clique aqui), e de acordo com o National Institutes of Health's National Institute of General Medical Sciences, já teve um efeito dramático sobre a vida das pessoas vivendo com a AIDS.
Ainda mais desafiadora, o HIV é um "vírus mutante", então ele está em constante evolução, com novas variantes, algumas das quais são resistentes até mesmo aos atuais medicamentos. Por isso, é vital que os cientistas continuam a sua busca de novos e melhores medicamentos para combater este alvo móvel.
Os cientistas são capazes de determinar as formas experimentais de uma proteína e de uma droga em separadamente, mas nem sempre para ambas. Se cientistas soubessem como uma droga molécula interagisse dentro de sua proteína-alvo, os químicos poderão conceber ainda uma melhor droga, mais potente, do que os medicamentos atuais.
Para enfrentar estes desafios, o projeto FightAIDS@Home do World Community Grid's utiliza um software chamado AutoDock, desenvolvido no laboratório do Prof Olson. AutoDock é uma suíte de ferramentas que prediz como pequenas moléculas, tais como as drogas candidatas, poderão vincular ou "atracar" em um receptor conhecido da estrutura em 3D. A primeira versão do AutoDock foi escrito no Laboratório Olson, em 1990, pelo Dr. David S. Goodsell, desde então, as versões mais recentes, desenvolvida pelo Dr. Garrett M. Morris, foram liberadas, com o acréscimo de novos conhecimentos científicos e as estratégias para AutoDock, computacionalmente tornando mais robusto, mais rápidos e mais fácil de utilizar por outros cientistas. Desde o início deste projeto, o World Community Grid tem sido executando uma versão pré-lançamento do AutoDock4. Em agosto de 2007, World Community Grid começou a executar a nova versão disponível do AutoDock que tornou mais rápido e preciso, podendo manipular as flexíveis moléculas alvo e, portanto, também podendo ser utilizado para a análise de junções protéicas. O AutoDock é usado no projeto FightAIDS@Home para combinar um grande número de pequenas moléculas diferentes da protease do HIV, de modo em que a melhor moléculas possa ser encontrada através de simulações computadorizadas, assim selecionadas e testadas efetivamente nos laboratórios de eficácia contra o vírus HIV. Juntando forças, o conjunto, The Scripps Research Institute, World Community Grid e a sua crescente força de voluntários podemos encontrar melhores tratamentos, muito mais rápidos e eficazes do que nunca.
Como funciona a tecnologia do programa de computação distribuída.
Nunca foi tão fácil fazer a diferença!
A tecnologia de computação distribuída é simples e segura de usar.
Para começar, você baixa e instalar um pequeno programa ou "Agente" em seu computador.
Quando você estiver inativo, o computador irá solicitar dados a partir de um projeto específico no servidor do “World Community Grid”. A partir de então, ele passa a executar cálculos desses dados, e envia os resultados de volta para o servidor, e irá pedir um novo lote de dados para o servidor. Cada cálculo que seu computador faz dá aos cientistas informações críticas que aceleram o ritmo das investigações!
Mas como os computadores podem resolver essas questão ?
Já faz um tempo que existem pessoas (cientistas, empresas..) que dedicam-se a criar programas, algoritmos, métodos para calcular e/ou simular propriedades de elementos químicos e moléculas (energia total, conformações mais estáveis, PH, lipofilicidade, espectros UV, IV, RMN, metabolismo, toxicidade, interações.. bastante coisa), é um ramo da ciência com vários nomes e áreas, como Química Computacional, Biologia Computacional, Biofísica (não ela toda, mas como parte) entre outros.
Um desses métodos chama-se Dinâmica Molecular. (Português)
A Dinâmica Molecular consiste em uma simulação do comportamento de várias moléculas ao longo de um determinado espaço de tempo. Tipicamente, apesar de sistemas químicos serem regidos pela Física Quântica, a dificuldade de cálculo associado leva a aproximar o comportamento das mesmas para o esperado pela Mecânica Clássica ou Newtoniana (de forma mais clara: baseando-se na mecânica clássica, a dificuldade de cálculo cresce com o QUADRADO do número total de ÁTOMOS; baseando-se em mecânica quântica, a complexidade cresce com a QUARTA POTÊNCIA do número total de ELÉTRONS). Dessa forma, tipicamente emprega-se física clássica nessas simulações (excessão destacada bem adiante). Essas metodologias geram uma interface entre resultados obtidos em experimentos de laboratório com as teorias da Física, Química e Físico-Química que possui muitas aplicações no meio científico, basicamente por proporcionar uma visão microscópica dos fenômenos que somente pode ser inferida indiretamente no experimento.
Não seria mais fácil se eles rodassem esses cálculos nos computadores deles ?
Talvez...
Na época que o professor "Vijai S. Pande" teve a idéia de simulação, em 1999, para simular 1 nanosegundo (um bilionésimo de segundo) de dinâmica molecular era necessário 1 dia (acreditem em mim, não é balela, pode levar até mais tempo dependendo das condições), e o desdobramento completo de uma proteína ocorre, aproximadamente, entre 5 e 10 milisegundos. (1 milésimo de segundo), ou seja, levaria entre 5 e 10 mil dias pra terminar um cálculo, de 15 a 30 anos de cálculos ininterruptos.
NOTA: o tempo de cálculo é proporcional ao número de átomos do sistema em uma proporção quadrática. (se dobrar o número de átomos o tempo não será multiplicado por 2, mas sim multiplicado por ele mesmo)
Haja computador...
Então, ponderando isso e também os resultados de outros projetos @Home, como o SETI@home e Genome@home o grupo do professor Pande decidiu criar novos algoritmos para que o desdobramento protéico também fosse feito com a abordagem da computação distribuída, que consiste na distribuição de pequenas simulações para vários computadores ao invés de uma grande simulação feita em um computador só.
Então porquê não usar um supercomputador ao invés de ter que contar com a disponibilidade de muitas pessoas ?
Primeiramente pelo custo, um supercomputador custaria milhões, bilhões de dólares, e o grupo não possui tanto recursos para isso. Além disso nenhuma empresa de alma bondosa quis doar alguns bilhõesinhos para que eles montassem um supercomputador. Além do custo inicial há o consumo elétrico do computador e do sistema de refrigeração.
Segundo, os supercomputadores atuais são projetados para que haja uma intensa troca de dados entre os processadores, e no caso desses projetos, isso não se faz necessário, pois os cálculos são, em sua essência, processamento "bruto".
Terceiro, muitos dos supercomputadores atuais não possuem vantagens (em termos de arquitetura) frente aos computadores domésticos, muitas vezes eles são até mais lentos (e quase sempre mais caros).
Isso porque muitos dos supercomputadores empregam AMD Opterons e Intel Xeons (sem esquecer dos que usam os Power e Cell da IBM, outros usam os UltraSpark da SUN) como processadores centrais, e eles possuem a mesma arquitetura dos AMD Athlon64, AMD Phenom, Intel, Pentium, Core 2 Duo/Quad que são utilizados na maioria dos computadores pessoais mais novos.
Quarto, os computadores pessoais são atualizados bem mais rapidamente que os supercomputadores (é bem mais fácil vender um PC doméstico desatualizado), além do que, a imensa maioria dos computadores, quando ligados, não utilizam totalmente seu potencial pois estão ociosos (navegando na Internet, escrevendo um texto, baixando arquivos ou mesmo não fazendo nada, só está ligado).
Vamos usar como exemplo o maior supercomputador da atualidade, o Ruadrunner:
Encomendado em 2006 pelo departamento de Energia e Segurança Nuclear dos EUA para ser o maior supercomputador do mundo, custou cerca de 100 milhões de dólares e em seu primeiro teste rompeu a barreira do 1 petaFLOPS. (isso tudo para assegurar a segurança e confiabilidade do estoque de armas nucleares dos EUA..)
É composto por: 6562 AMD Opterons Dual Core (13124 núcleos), 12240 IBM Cell (97920 núcleos), 98 Terabytes de memória RAM, é abrigado em 278 racks do tamanho de uma geladeira, ocupa 5200 pés quadrados (aproximadamente 580 metros quadrados), usa 88 Km de cabos de fibra óptica, pesa 22700 Kg e consome 2.35 MW.
Singelo, não ?
Multiplicando-se um pouco podemos ver que para se atingir 1 petaFLOP nós precisaríamos de uns 10 mil Core 2 Quads operando a 3.2 GHz.
Com a divulgação do projeto, inicialmente na revista Science, uma das mais importantes publicações científicas do mundo, e posteriormente com vários laboratórios de pesquisa, sites, empresas, grupos criando times e estimulando seus integrantes, visitantes e funcionários a participarem o projeto alcançou proporções nunca antes vistas, quebrando a barreira dos 209 petaFLOPS, com mais de 1 milhão e 120 mil computadores e 413 mil participantes ativos atualmente.
E este número não para de crescer, pois cada dia mais pessoas se familirizam com o projeto e divulgam para amigos, familiares, em seu ambiente de trabalho, e os números vão crescendo.
É realmente impressionante!
Mas se o projeto já conta com tanta gente participando que diferença eu faço?
Toda !
Quanto mais gente participar, mais doenças podem ser estudadas, os resultados são obtidos mais rapidamente e novas idéias podem ser postas em prática.
Como ajudar nesse projeto?
É bem simples, você precisa ter o programa (cliente) instalado em seu computador e nada mais, o resto ele faz automaticamente.
O cliente instalado em seu computador, quando iniciado, verifica se há alguma Work Unit (WU, unidade de trabalho) que já foi iniciada anteriormente.
Se houver ele verifica se os arquivos estão íntegros e dá continuidade à simulação.
Se não houver nenhuma WU iniciada o "cliente" contacta os servidores do WCG para baixar uma WU, é um arquivo bem pequeno contendo informações sobre o projeto, as coordenadas dos átomos, a identidade de cada um, com quem eles estão ligados, dentre outras informações necessárias para a sua execução.
Cada WU requer um Core (núcleo) específico para realizar a simulação. Assim sendo quanto mais núcleos sua estação tiver, mais processos ela irá trabalhar simultaneamente.
Ao término do processo, ele é compactado e enviado para os servidores, onde serão submetidos à uma rápida verificação de integridade, e automáticamente um novo projeto é baixado, dando seqüência ao trabalho.
Como informado anteriormente, basta instalar o programa e ele fará tudo para você, em muitos casos você nem percebe o seu funcionamento, com isso você terá um total aproveitando do poder de processamento de seu computador, sem interferir em suas atividades diárias...
Simples, fácil, e para alguns inacreditável... mas isso é possível, e nunca foi tão facil ajudar!!!
Faça você também a diferença, entre para o nosso time e apoie essa causa!!!
Coloco-me à disposição para auxílio na instalação e configuração do software cliente e solução de dúvidas, caso ainda existam...
Obrigado!!


5 Comentários de Tudo que você precisa saber sobre o Projeto, seus Parceiros e como Apoiá-lo...
Fala ae Tiago... tamo junto neste projeto!!! Ta maneiro o Blog...
Aew Thiago, tah massa, tah massa. vamu lah, a cada dia almentar os processos do time Brasil, a cada dia almentar nossa rede, a cada dia bater novos records... para podermos ajudar kem realmente precisa. ^^
Realmente esse projeto é ótimo. Além de estar ajudando todo o mundo com o meu computador, não custa NADA pra mim, e não piora o funcionamento do meu computador. Eu continuo usando-o como sempre, e seu desempenho é o mesmo. o que eu quero dizer, é que ninguem perde nada entrando nesse projeto, só vai estar ajudando outras pessoas.
Com o tempo, outras pessoas vão conhecero projeto, e ajudar tambem. Espero que esteja certo.
Parabéns ai Ago, o blog esta ótimo! Espero sempre poder ajudar voce, e todo mundo que realmente hoje em dia esta precisando disso.
Boa sorte, não só pra voce, pra nós.
legal, depois leio tudo com cuidado (a "primeira notícia" era um pouco mais longa do que eu esperava), e assim que eu tiver com minha máquina 24/7 eu ponho pra rodar de novo.... vou começar pesquisa com o CUDA, pra rodar modelos Fortran em GPUs, e se surgir algo legal te falo.
abraço
Assim que soube aderi ao projeto.. minha maquina roda 24h por dia nao faço parte de um grupo contribuo individuamente.. e continuarei contribuindo para o projeto.
Abs a todos.
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